terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Desapego

No domingo, dia 10, fiz 65 anos.É um tempo de "responsa".
No final de cada ano,por volta de novembro costumo fazer uma verdadeira faxina em casa além de adquirir coisas novas, pintar parede, enfim coisas que mudem um pouco a cara da casa. Não sei explicar porque mas desta vez resolvi fazê-lo incluindo meus livros. Eram muitos e estavam ali paradinhos se enchendo de bolor.Refleti sobre quantas pessoas poderiam aproveitar daquelas obras quando muitas já estavam ali sem finalidade aparente. Apesar de todo o meu apego e do que tinham representado para mim cedi alguns para amigas e os outros entreguei à minha amiga Maria com uma loja em Resende que tanto vendia quanto alugava desde DVD"s a CD"s, filmes antigos que marcaram época bem como livros.O interessante é que dois dias depois ligou-me uma amiga que dizendo não estar bem e pediu para ir me ver. Ela também achou que deveria dar uma geral na casa e a dela foi bem mais fundo.Saíram caixas lá de casa,chegou ao ponto de trocar meu quarto pelo escritório ( o que foi bem melhor, por causa da varanda e maior luminosidade). A partir daí chegaram as novidades. A parceria para um encontro de mulheres que precisou ser adiado por causa de problema sério e chegou às minhas mãos obras de vários autores sobre inteligência espiritual pessoal e sua aplicação em empresas que estou estudando e que passarei para voces mais adiante.
O fato me fez lembrar o caso de uma aluna que o expôs quando eu explicava que os objetos que temos em casa guardam memórias. Falava específicamente sobre móveis que estão móveis mas são madeira e por isso têm vida. Por este motivo devíamos ter cuidado com móveis adquiridos de outros ou permanecer com eles por muito tempo. É como se bloqueassem as inovações e renovações da vida das pessoas com as quais convivem.
Ela contou a estória da sogra que residindo em outro imóvel,idosa, vivia com problemas de saúde e pouco saía de casa. Quando o filho foi residir no exterior combinou com o marido, filho da senhora, de levá-la para casa que ficaria mais fácil para cuidar dela. Tudo combinado, conversou com a sogra pedindo-lhe que nada levasse de seu por causa do espaço físico do apartamento. Ela concordou desde que levasse pelo menos as fotos de família.
Segundo minha aluna uma semana depois ao acordar não encontrou a senhora, chamou o marido e se dirigiram para a portaria do prédio. Lá chegando, assustados e nervosos perguntaram ao porteiro se a tinha visto. Ele disse que ela havia passado por ali há cerca de meia hora. Foram para a rua e qual não foi a surpresa ao vê-la sorrindo, feliz, carregando um pacotinho. "Meu filho, fui comprar pão fresquinho para voces". E, segundo ela, foi a primeira de muitas outras saídas. E hoje, tem um círculo de amigas de sua idade que se encontram toda a semana variando de casa.
O outro caso foi um encontro casual no ônibus com uma senhora que declarou seus 92 anos. Ajudei-a a atravessar a roleta com seus pacotes de compra de supermercado, a sentar e juntei os pacotes reduzindo o número deles. Perguntei se estava indo para casa."Não, disse ela, vou a outro mercado onde as frutas são mais baratas".Perguntei se morava sozinha e se não havia alguem que pudesse ajudá-la. "Agora meu filho está morando comigo porque se separou da mulher. Com a vinda dele precisei fazer umas modificações na casa, me desfazer de alguns móveis, reorganizar tudo, até chamar uma pessoa para preparar as refeições e eu faço as compras porque ele não entende nada disso,e vai comprar errado. Eu estava lá quieta no meu canto,vendo os dias passarem, sem muito ânimo e não gostei quando ele chegou, mas agora estou mais animada e achando até divertido. E, depois, minha filha, marido a gente pode despachar como eu fiz com o meu, mas filho não, voce não acha?" Nem respondi.
Para mim era mais um caso de desapego, que pode suceder acerca de coisas mas de pessoas também.
Se voce refletir sobre situações tensas, discussões,decepções,enganos e mentiras descobertas numa relação, qualquer que seja ela, verá que a separação já estava para acontecer.Voce é que ainda não havia se conscientizado movida pelo sentimento. Mas a realidade estava ali e, como voce não se decidia então a Natureza age. Ela cria situações tais que a forçarão a tomar uma atitude definitiva.
Um cliente me procurou sobre que atitude tomar, pois casado, estava apaixonado por outra pessoa com quem tinha sérias pretensões. A realidade era outra.Sua esposa que era psicóloga e terapeuta havia abandonado tudo para se dedicar à familia.Mas essa não era a verdadeira estória de vida dela. Tinha uma missão a cumprir e a Natureza apenas tinha criado uma situação para que retornasse à profissão.Pedi ao cliente que a ajudasse nesse sentido e lhe desse todo o apoio necessário, maneira de fechar com chave de ouro aquele ciclo de ambos.
Assim amigos, como é importante refletir sobre o que acontece em momentos como estes em nossa vida ao invés de perdermos tempo em atitudes de revide, de guardar raiva,mágoa ou outro qualquer sentimento mal qualificado. Ao contrário, o ganho é maior e o fato se acumula no campo da emoção como experiência e aprendizado e não como dor.

domingo, 3 de janeiro de 2010

A consciência

Vamos continuar o nosso treino a partir de uma idéia simples. Temos uma área do cérebro que chamamos de consciente e outra de subconsciente.
A primeira se acha a "rainha da cocada preta", dito bem popular. Sabe por quê? Porque é ela que vê e sente tudo e vai transmitindo ao subconsciente. E mais, para evitar que ele venha a dominar enche a nossa cabeça de pensamentos, idéias, lembranças e projeções quando não cria os famosos "se",eu tivesse feito isso ou aquilo seria assim ou diferente. Mas ele,o consciente também se engana. As ocasiões são quando,não sabemos ou esquecemos onde colocamos determinado objeto. Aí, cansados de procurar abandonamos a procura ou fazemos aquela famosa entrega a São Longuinho e partimos para outra atividade. Enganamos o consciente, é quando o subconsciente pode agir e traz a lembrança do local exato onde foi deixado o objeto quando não delineia o caminho percorrido até o objeto esquecido. O consciente também engana quando nos prendemos à aparência das coisas, pessoas e circunstâncias. E, mais tarde, por alguma nova situação concluímos termos sido enganados pelas impressões e até mentiras.
Então,temos que acordar este subconsciente para que aja sempre que se faça necessário.
Precisamos começar reeducando este consciente.
Para isso precisamos guardar um tempo para meditar, mas como não temos uma cultura, sequer ancestral que nos ajude a manter a mente quieta, podemos fazê-lo de maneira ativa.
Concentre-se, mantenha sempre o foco sobre qualquer coisa que esteja fazendo. O consciente, tenha certeza disso, vai brigar, empurrar voce para voltar-se para ele, vai até lembrar momentos tristes, mexendo com seu campo emocional, reconheça esta façanha dele e retorne para o que está fazendo.
O fato de reconhecer a intromissão dele já é um grande passo. Ele pode também lembrar a você que aquilo que está fazendo não lhe favorece, nada acrescenta para seu desenvolvimento pessoal ou ainda que não lhe apraz praticar aquela atividade, não ligue. E, isso me faz lembrar Krisnamurti quando ao transmitir seus conhecimentos,não me lembro em que obra sua que, quanto menos gosta de fazer ou praticar algo,é quando mais necessita daquilo. Acredito que como ato de superação por alguma gravação do passado.
Então, vamos nos concentrar em cada atividade,por mais simples. Se ficar mais fácil, fale cada passo que for necessário até a finalização do processo.

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

Busca interior

Oi amigos,
Este é o meu primeiro "post".
A vontade de ter este "blog" fica preso a quantas informações recebo e estudos que faço e posso transmitir, bem como minhas experiências como numeróloga, parapsicóloga, mestre Reiki.
Como tal sempre achei e acho que devemos desenvolver nosso campo intuitivo e perceptivo, até porque desmistifica a necessidade que alguns ainda têm de se pautar na opinião,pontos de vista de uns e outros, desde representantes religiosos, oráculos e até o palpite da vizinha.
Sempre que dou aulas ou faço atendimentos transmito, ensino e reforço este aprimoramento interior. E,podemos começar sempre perguntando sobre o por que das coisas, das informações e das idéias que nos passam. Sempre lembro também de que somos uma campo elétrico ( que vibra) e ao mesmo tempo magnético ( que atrai). E, claro, vivemos em um campo que, em dimensões enormemente extensas tem a mesma característica. Desta forma tanto podemos repelir o que não nos interessa ou provoca algum tipo de desconforto como podemos atrair o que desejamos e nos faz bem. E,é aí que entra o processo intuitivo." O que eu realmente quero?", "O que é melhor para mim?". Mas o mantra mais importante,para mim, é: "Quem sou eu?". Então,vamos começar por aqui: colocar a mão no coração ,imaginar-se dentro deste coração e, concentrada fazer a pergunta mágica: "Quem sou eu?".